Desde que veio à tona que Yoongi fez doação para crianças autistas, aquele silêncio durante o serviço militar começou a soar diferente. Não era só reserva — era generosidade quietinha, escondida, do jeito que só ele sabe fazer.
Mesmo a gente sabendo que ele tem um jeito mais reservado, todo mundo ficou esperando um post no Instagram ou no Weverse assim que ele saiu do serviço militar. Mas não houve nada. Ele havia dito que a gente ia se ver em 2025 e cumpriu a promessa.
O que a gente não esperava era receber “mais um Yoongi” depois que ele apareceu, em junho de 2025…
Se já tínhamos o SUGA do BTS e Agust D, seu alterego em carreira solo, apresento-lhes o Professor Min, que ensina música para crianças e adolescentes autistas, benemérito doador milionário para esta causa e, agora, criador de um Centro de Tratamento. Mas como assim, do nada?
Não foi bem do nada. A gente é que não sabia. Como sempre, Yoongi trabalhou em silêncio, mas fez muito.
Quando o silêncio fala por atos – Conheça o Professor Min
“O principal motivo que me levou a estudar sobre psicologia foi para que isso contribuísse com a minha música. Compreender as emoções de maneira teórica é uma ferramenta muito poderosa. Eu tenho dois sonhos, um deles é envelhecer, de cabelo branco e ainda no palco, cantando e tocando violão, e o outro é me tornar psicólogo. Porque eu quero ajudar aqueles que vierem depois de mim e fazem um trabalho semelhante. Eu pesquisei e vi que demora um tempo, então não é algo que devo começar já, mas eu realmente gostaria de virar psicólogo um dia. E já que eu tenho esses sonhos, acho que não vou ficar só descansando e colhendo meus louros no futuro.”
(Min Yoongi)
Yoongi disse isso em entrevista para o livro “Beyond the Story”, a biografia oficial do BTS, lá atrás, em 2023. Quando nasceu essa ideia de fazer algo além da música não sabemos, mas a sementinha da vontade de ajudar as pessoas já estava lá.
Yoongi fez doação para crianças autistas muitos anos depois dessa entrevista, como um reflexo claro de que seus sonhos iam muito além dos palcos.
Yoongi fez doação para crianças com autismo: o que se sabe
Até quem não é do fandom se comoveu com a notícia da doação de SUGA, que destinou uma quantia milionária para a criação de um Centro de Tratamento com o objetivo de apoiar o tratamento e a inclusão social de crianças e adolescentes autistas, em parceria com o Hospital Infantil Severance, na Coreia do Sul.
A doação gira em torno de 5 bilhões de wons sul-coreanos – aproximadamente 20 milhões de reais. Foi a maior quantia já doada em todo o sistema médico da Universidade Yonsei, ao qual o Severance é ligado.

O que mais emocionou os fãs e até quem nem sabia quem era aquele músico coreano não foi apenas o valor fabuloso envolvido, mas também o fato de que ele trabalhou durante meses no projeto, se envolvendo diretamente com as crianças. Poucos dias depois da notícia, foram divulgadas fotos de Yoongi tocando para os jovens, num gesto de carinho e doação de algo muito mais importante que dinheiro: tempo, coração e alma.
Muitos artistas doam dinheiro. Alguns o fazem até por isenção de impostos. Poucos, pouquíssimos, são tão generosos a ponto de se entregar por inteiro. Talvez por isso o fato de que Yoongi fez doação para crianças autistas seja tão emblemático e tenha reverberado tanto, mesmo fora do fandom.
Projeto MIND – A música como tratamento para corpo, mente e alma
Mais do que uma doação financeira, Yoongi fez doação para crianças autistas e participou ativamente da concepção do MIND (Music Innovation and Development), um projeto que une arte, ciência e cuidado para apoiar crianças com autismo.
- Music (estimular experiências sensoriais e emocionais);
- Interaction (praticar comunicação e relação social);
- Network (conviver em grupo);
- Diversity (valorizar as diferenças e promover inclusão).
O projeto foi desenhado com a intenção de unir profissionais da saúde, terapeutas e artistas em um espaço onde a música é ferramenta de acolhimento e evolução. Yoongi trabalhou lado a lado com especialistas para a criação do programa MIND, como a renomada professora Chun Keun-ah, autoridade na área de psiquiatria infantil, da Faculdade de Medicina da Yonsei.
Durante meses, ele trabalhou ao lado da professora para conhecer as necessidades das crianças e participou ativamente do desenvolvimento do programa MIND.

SUGA tocou instrumentos para as crianças, interagiu com elas, incentivou a comunicação e a expressão emocional através de ritmos e harmonias. Ele foi além: ensinou as crianças a tocarem os instrumentos. Professor Min em ação!
O que se notou com o passar do tempo foi que as crianças passaram a se expressar melhor, tanto verbalmente como socialmente. E mais: as emoções vieram à tona. Música é, definitivamente, remédio para a alma.
Centro de Tratamento Min Yoongi
Como reconhecimento pelo seu envolvimento direto, o novo centro criado pelo projeto recebeu o nome de “Min Yoongi Autism Center”. Localizado em Seul, o espaço será dedicado às crianças e às famílias que buscam uma abordagem mais humanizada e eficaz para o tratamento do TEA (Transtorno do Espectro Autista) e outros tipos de transtorno de desenvolvimento.
Yoongi fez doação para crianças autistas e teve seu nome eternizado nesse centro, que simboliza o impacto duradouro do seu gesto transformador.
O Centro também será um hub de pesquisas, estudos clínicos, publicação de artigos e elaboração de manuais técnicos para comprovações e divulgação científica do Programa MIND em nível global, a fim de que as descobertas possam ser disseminadas em outros países.
“Ter podido participar do processo de tratamento dessas crianças com autismo foi, para mim, motivo de enorme gratidão e felicidade. Vou continuar contribuindo para que mais crianças possam fazer parte da nossa sociedade como membros ativos”, disse SUGA em entrevista ao Yonhap News.
A mídia coreana destacou a importância da iniciativa, principalmente levando em consideração que as estimativas indicam que hoje existam cerca de 300 mil pessoas com deficiências do desenvolvimento na Coreia, das quais aproximadamente 40 mil possuem autismo.
Depois das primeiras notícias, publicadas pouco tempo após a dispensa oficial de Yoongi de seu serviço militar, o mundo ficou enlouquecido, querendo saber mais sobre o extraordinário envolvimento de um membro do BTS com uma causa tão importante. As palavras-chave “SUGA BTS autismo” explodiram em buscas no Google.
A Cerimônia de Abertura do Centro de Tratamento Min Yoongi já tem data marcada: 30 de setembro. O evento contará com uma apresentação especial do Dream With Ensemble, o primeiro grupo de clarinetistas da Coreia formado por músicos com deficiências do desenvolvimento — uma forma emocionante e cheia de significado para celebrar esse marco histórico.
Depoimentos emocionantes dos alunos do Professor Min
Para trazer mais informações sobre como havia sido, em detalhes, o envolvimento de Yoongi com o dia a dia das crianças, o Hospital Severance lançou um documentário emocionante sobre o projeto, chamado “A história do Centro de Tratamento Min Yoongi”.
Ele não foi lançado com legendas em português, mas nós vamos trazer os principais momentos para você, que já publicamos em nossos canais do Telegram e Instagram no momento do lançamento, em junho.
Assista ao documentário traduzido para o português em nosso Canal do YouTube:
O documentário do Hospital Severance mostra como a música se tornou uma ponte entre as crianças e adolescentes com autismo e o mundo. Yoongi fez doação para crianças autistas, mas sua maior entrega talvez tenha sido essa conexão real e sensível construída com cada uma delas.
Algumas mensagens das crianças:
— “Professor Min! Eu ouço muito essa música quando vou acampar com meu pai. Toca ela pra gente primeiro!”
— “Professor Min! Aprendi xilofone e ukulele no programa MIND e quero tocar para mais pessoas. Acho que consigo!”
— “Professor Min! Eu gosto dos sinos porque eles têm um som brilhante.”
Com admiração, elas também disseram:
— “Ele realmente ensina muito bem. Ele é o melhor professor!”
A professora Chun Geun-ah comentou:
“Desde a preparação até sua participação no programa, percebi que ele realmente não é apenas um doador comum. Mesmo sendo fim de semana, ele nunca se atrasou – pelo contrário, chegava antes da equipe, ensaiava com sua guitarra e se reunia com os terapeutas antes das sessões. Ele se colocava no mesmo nível dos olhos das crianças… Ver isso me fazia sentir um respeito profundo.”
Na primeira reunião, Yoongi havia lido quase todo o livro da professora Chun, com quase 500 páginas, e fez perguntas tão profundas que a deixaram surpresa.
Ela revelou também:
“As crianças escolhiam diferentes instrumentos e tocavam juntas. Nessas horas, SUGA dizia: ‘Vocês começam, eu acompanho’. Ele se ajustava ao ritmo delas.”
Em algumas sessões, ele apenas ficava ao fundo, tocando suavemente enquanto elas escreviam ou desenhavam, acelerando ou desacelerando o ritmo da música para permitir que sentissem a fusão entre imagem e som.
Yoongi levou seus próprios instrumentos, ensinou a tocar, a escrever letras e a expressar emoções.
Os pais foram avisados que SUGA participava como “assistente terapêutico voluntário”, mas as crianças não sabiam que aquele professor de música era o ídolo global. Para elas, era apenas o Professor Min.
O documentário destaca uma fala emocionante de Yoongi, que tocou fãs e pessoas de todo o mundo:
“Eu só espero que você seja feliz. Viver não é algo grandioso. É mais sobre encontrar felicidade nas pequenas coisas e aproveitar o tempo consigo mesmo. Tudo isso junto é o que chamamos de felicidade. Tente não se preocupar. Eu espero que você consiga viver assim.”
Yoongi fez doação para crianças autistas e o resultado é um Centro de Tratamento como Legado de Vida
Yoongi sempre foi muito honesto ao falar sobre sua luta contra a depressão, fobia social e ansiedade, tanto em entrevistas quanto em letras de músicas. Se você quiser saber mais a respeito, leia o artigo A trilogia da Cicatriz, que fala sobre parte da obra e a vida do artista, já que uma coisa é indissociável da outra.
Então, nada mais natural que ele tenha se envolvido na criação do Centro de Tratamento Min Yoongi como uma espécie de legado. Se a música foi a forma que ele encontrou de lidar com suas aflições, o “tratamento” para suas dores, não poderia também ser para as dores de outras pessoas?
Existem centenas, talvez milhares de estudos que provam, cientificamente, que a música tem efeito positivo sobre a mente em quadros de depressão e ansiedade, facilita o aprendizado e pode ser uma ferramenta poderosa em diversos quadros clínicos — inclusive no Transtorno do Espectro Autista (TEA), como o trabalho do Hospital Severance já vem provando.
O que é exatamente o TEA? E por que a música é tão importante nesse contexto?
O TEA trata-se de uma condição do neurodesenvolvimento (não é uma doença mental, não confundir) marcada por desafios na comunicação social, padrões de comportamento restritivo e interesses específicos.
Yoongi fez doação para crianças autistas justamente por entender a importância de abordagens terapêuticas que vão além do convencional — como a música, que transforma vidas de verdade.
No Brasil, segundo dados do Censo IBGE de 2022, há aproximadamente 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista, sendo quase metade crianças e adolescentes. No mundo, 1 em cada 100 pessoas são autistas.
Por aqui, grande parte das famílias enfrenta dificuldades com diagnóstico tardio e acesso limitado a serviços de saúde especializados.
A arte é amplamente utilizada como aliada no tratamento. Ela contribui para o amadurecimento emocional, facilita a expressão não-verbal e melhora as interações sociais, ajudando na conquista de uma vida mais independente.
A música, em especial, é uma das ferramentas mais transformadoras:
- Melhora habilidades sociais;
- Facilita a interação;
- Desenvolve a comunicação verbal e não-verbal;
- Aumenta vocalizações e uso de gestos;
- Reduz a ansiedade e promove regulação emocional com ritmo e melodia;
- Estimula atenção, memória e habilidades cognitivas;
- Fortalece o vínculo entre criança e família em sessões compartilhadas;
- Ajuda no desenvolvimento motor e nas interações sociais.
Crianças e jovens autistas em contato com a música desde cedo se desenvolvem emocionalmente e aprendem a expressar sentimentos — mesmo sem depender da fala. Isso os torna mais independentes, ampliando sua inclusão na sociedade.
Música, para crianças e adolescentes dentro do espectro autista, é ferramenta para viver melhor.
O impacto psicopedagógico do projeto: por que a doação de Yoongi para crianças autistas vai muito além da música
O fato de que Yoongi fez doação para crianças autistas vai muito além de um gesto de generosidade. O que ele fez joga luz sobre um tema delicado e que ainda é pouco falado: como lidamos com o diagnóstico, o tratamento e a inclusão de pessoas dentro do espectro autista, especialmente das crianças. Do ponto de vista da psicopedagogia, iniciativas assim têm um poder enorme de transformação, porque dão às crianças ferramentas reais para crescer, se desenvolver e conquistar mais autonomia no dia a dia.
O desafio do diagnóstico: quando o autismo não é óbvio
Um dos maiores obstáculos enfrentados pelas famílias é justamente o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Muitas vezes ele demora, sai errado ou gera muita confusão. Isso porque o autismo não aparece da mesma forma em todas as pessoas. Os sinais podem ser bem sutis, principalmente nos primeiros anos de vida, e acabam passando despercebidos.
A escola como ponto de partida
Na maioria das vezes, é dentro da escola que os primeiros sinais começam a ser percebidos. Professores, por estarem todos os dias com as crianças, costumam notar quando algo está diferente: atrasos na fala, dificuldade de socializar, comportamentos repetitivos e outros sinais que podem indicar que a criança precisa passar por uma avaliação especializada. Muitos têm formação que ajuda a identificar essas pistas e a alertar as famílias.
Por isso, é essencial que as escolas estejam preparadas, com capacitação constante para seus profissionais. Quando conseguem identificar cedo esses sinais, podem encaminhar a criança para uma avaliação especializada – e isso faz toda a diferença no desenvolvimento dela.
O diagnóstico precoce muda tudo
Quando o diagnóstico do autismo é feito cedo e da forma certa, a criança pode começar rapidamente as terapias de que precisa para se desenvolver adequadamente. Isso inclui fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, atendimento psicopedagógico, entre outras.
Esses atendimentos fazem toda a diferença, porque ajudam a criança a alcançar seu potencial, sempre respeitando seu tempo e suas necessidades únicas. Quanto antes começa, maiores são as chances de evolução.
Afinal, o que significa estar no espectro autista?
Quando falamos em “espectro autista”, estamos dizendo que o autismo não é igual para todo mundo. Existem diferentes níveis e formas de manifestação: desde crianças que têm apenas algumas dificuldades de socialização até aquelas que enfrentam grandes desafios de comunicação e comportamento.
Muita gente ainda acredita que todo autista se encaixa em um único perfil — e esse é um grande erro. Na verdade, dentro do espectro existe uma diversidade enorme, o que mostra a importância de olhar para cada criança de maneira individual, com carinho e atenção.
Nem toda estereotipia é autismo — e nem todo autista apresenta estereotipias
Um ponto que muita gente confunde é o das estereotipias. Elas são comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, bater as mãos ou repetir sons. Embora sejam comuns em pessoas autistas, é importante entender: nem toda estereotipia é sinal de autismo, e nem todo autista apresenta estereotipias.
Outro erro frequente é achar que limitações na interação social já significam autismo. Muitas pessoas, por se sentirem diferentes ou passarem por dificuldades emocionais, acabam acreditando que são autistas sem nunca ter feito uma avaliação profissional. É uma busca por fazer parte de algo, entender a si mesmos. Contudo, isso pode gerar rótulos injustos e muita confusão.
O diagnóstico do TEA é algo complexo, feito de forma clínica e multidisciplinar, e só pode ser confirmado por profissionais qualificados. Nenhuma lista de sintomas da internet é capaz de confirmar um diagnóstico desses.
Autonomia e inclusão: o maior desafio das famílias
Um dos maiores medos das famílias de pessoas autistas com maior grau de comprometimento é sobre o futuro: “Será que meu filho vai conseguir se virar sozinho? Vai conseguir se comunicar? Ter uma vida social? Ser independente?”
É aí que projetos como o MIND e o Min Yoongi Autism Center fazem toda a diferença. Eles não se limitam a oferecer tratamento, mas também desenvolvem habilidades práticas e emocionais, como comunicação, socialização, expressão e autocontrole. Essas são ferramentas essenciais para que as crianças evoluam e tenham mais chances de autonomia.
Yoongi fez doação para crianças autistas, mas o mais bonito é que ele também doou seu tempo, sua atenção e sua presença. Esse cuidado humano tem um impacto direto no desenvolvimento das crianças e mostra como pequenas atitudes podem gerar grandes transformações.
Nem todo autista é um gênio — mas todo autista tem algo especial
Um dos equívocos mais comuns é acreditar que todo autista é superdotado ou tem altas habilidades em alguma área. Essa ideia, além de não ser verdadeira, pode criar expectativas irreais nas famílias. E quando essas expectativas não se confirmam, acabam gerando frustração e até sofrimento.
A verdade é simples: cada autista é único. Alguns têm talentos muito claros desde cedo; outros possuem dons mais discretos, que aparecem apenas com tempo, paciência e o estímulo certo. No entanto, todos são incríveis à sua maneira.
Quando recebem o diagnóstico correto e o apoio psicopedagógico necessário, essas crianças conseguem desenvolver suas habilidades e crescer de acordo com suas próprias possibilidades. Assim, podem se tornar cada vez mais independentes e encontrar seu espaço no mundo — do jeitinho especial que cada um tem.
Repercussão entre os fãs em todo o mundo – A história de Lael
Por todas as implicações e discussões em cima do autismo é que o “efeito SUGA”, que começou com o anúncio de seu envolvimento com a causa do TEA, ainda terá desdobramentos, com a inauguração do Centro de Tratamento, em setembro de 2025, e sua evolução com a divulgação da metodologia e do uso da música no tratamento das crianças em escala global.
Yoongi fez doação para crianças autistas, mas o impacto disso foi além das fronteiras da Coreia — chegou ao coração de milhares de famílias, inspirando empatia, esperança e ação.
A visibilidade que SUGA trouxe para a causa tem um valor incalculável. Em um mundo onde ainda existe tanto preconceito e desinformação sobre o TEA, ter uma figura pública como ele falando sobre o tema é fundamental.
O Instituto Singular, uma das principais organizações brasileiras especializadas no cuidado, educação e apoio a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista, publicou vários posts reconhecendo a iniciativa de SUGA:
— “SUGA não só doou dinheiro. Ele doou presença. Olhar. Escuta.”
— “Enquanto alguns acham que ser ‘diferente’ é um problema a ser corrigido, ele prova (com guitarra na mão) que ser diferente é só outro jeito de ser incrível.”
A iniciativa de Yoongi mexeu com o coração de uma mãe do ARMY, que gentilmente cedeu seu depoimento exclusivo para a gente. Andressa é mãe do Lael e contou como a ação do Yoongi a tocou diretamente:
“Sou mãe de um garotinho de 5 anos, autista nível 3 de suporte e não verbal. Ele fala pouquíssimas palavras, não forma frases… mas recentemente começou a soltar o nome do Yoongi. Isso, pra mim, já diz muito.
A nossa rotina é intensa, marcada por crises, noites sem dormir, tentativas de autolesão… mas também por muito amor, pequenas vitórias e esperança. Como mãe, busco sempre estudar, fazer cursos, aprender, porque sei que o progresso depende também de mim. Os terapeutas são incríveis, mas o reforço em casa é indispensável.
Me deparei com a notícia de que o Yoongi fez uma doação para um centro de apoio a crianças dentro do espectro autista. E eu chorei. Chorei porque meu filho, que às vezes o chama de ‘pai’ (sem que eu nunca tenha ensinado isso), tem no BTS, especialmente no SOPE, um pedacinho do acolhimento e conexão com o mundo.
Yoongi, se um dia isso te alcançar: obrigada, meu amor. Por enxergar essas crianças. Por se importar. Por transformar amor em ação. Você me lembra todos os dias que eu fiz a escolha certa ao te amar.”
O envolvimento do BTS com causas sociais e a inspiração para o ARMY agir
A doação de Yoongi para a causa do TEA não foi um caso isolado. Antes disso, ele já havia doado 200 milhões de wons (aproximadamente 800 mil reais) para pacientes com câncer infantil e 100 milhões de wons (cerca de 400 mil reais) durante a pandemia da COVID-19. Suas doações têm se concentrado especialmente em áreas médicas e de tratamento.
Yoongi fez doação para crianças autistas com a mesma sensibilidade com que sempre conduziu sua relação com o mundo — usando sua visibilidade para transformar vidas de forma silenciosa, mas profundamente marcante.
Além disso, quem acompanha o BTS sabe que o grupo está constantemente envolvido em ações sociais. Todos os membros se engajam, em grupo ou individualmente, com causas relevantes, seja por meio de doações em dinheiro ou literalmente colocando a mão na massa — muitas vezes sem sequer divulgar.
A iniciativa de Yoongi também reverberou fortemente no ARMY, que tem um longo histórico de mobilização global por causas sociais.
Se você quiser se envolver com a causa apoiada por Yoongi, a boa notícia é que já é possível fazer doações diretas ao Min Yoongi Autism Center através do site oficial do Hospital Severance (via PayPal para doações internacionais).
Aliás, poucos dias após a abertura das doações, já haviam sido arrecadados cerca de 300 milhões de wons (aproximadamente 1,17 milhões de reais): https://sev.severance.healthcare/fund/donate/info_en.do
Por enquanto, o Centro Min Yoongi vai atender prioritariamente crianças e adolescentes coreanos, mas tem como foco o desenvolvimento de pesquisas e metodologias terapêuticas que serão compartilhadas gratuitamente com profissionais e instituições de todo o mundo.
Se você se inspirou com essa história, vale seguir o exemplo do ARMY indiano, que criou o projeto Yoongi’s Healing Notes: uma iniciativa de terapia musical para crianças com autismo no centro Action For Autism (AFA), em Nova Delhi. Uma demonstração poderosa de amor em ação, perfeitamente alinhada ao espírito do que SUGA iniciou.
Algo semelhante pode, sim, ser pensado aqui no Brasil — há inúmeras instituições sérias que você pode apoiar. Além das doações, o trabalho voluntário também faz toda a diferença. Veja algumas instituições sérias que você pode ajudar:
Seja com tempo, com recursos ou com conhecimento, cada gesto conta. E como o próprio Yoongi mostrou, não é preciso fazer barulho para causar impacto.
Yoongi fez doação para crianças autistas e inspirou o mundo – um legado que só cresce
De Daegu para o mundo, ele vem se reinventando continuamente. Nascido Min Yoongi, se tornou o SUGA do BTS, depois o incendiário Agust D e agora, o doce Professor Min. O que vem a seguir é impossível saber.
Talvez, lá no futuro, mais velho, ele se torne mesmo aquele senhor de cabelos brancos, tocando violão e cantando, como ele previu em Beyond the Story.
Provavelmente, cercado por crianças.
E você, o que achou dessa iniciativa inspiradora? Compartilhe com seus amigos e espalhe essa corrente do bem!
Artigo por Maga de Moraes e Denise Baptista