Em 2013, o BTS ainda era um grupo novato tentando encontrar seu espaço na indústria do K-pop.
Na sua entrevista para a revista IZE, os sete membros falaram sobre os desafios do debut, a pressão de criar músicas autênticas e a luta para equilibrar a identidade de um grupo idol com suas raízes no hip-hop.
Se você é ARMY, já deve saber que essa autenticidade sempre foi uma das marcas registradas do BTS, né?
Então, bora relembrar esse momento icônico e ver como tudo começou!
O Impacto do Debut
Depois de anos de treino e dedicação, o BTS finalmente debutou em junho de 2013. Mas será que a vida mudou tanto assim depois da estreia? Na entrevista para a IZE, os meninos contaram como foi essa transição e as dificuldades que enfrentaram logo no começo da carreira.
Já passou cerca de um mês desde o debut. Vocês sentem que muita coisa mudou desde então?
Jimin: Agora não dá mais para adiar as coisas! Antes, quando éramos trainees, até podíamos pensar “Ah, faço isso amanhã”. Mas agora, se não fizermos hoje, é um problema sério. Isso me faz trabalhar ainda mais.
RM: E eu não tinha ideia de que a rotina de um idol era tão intensa. Acordamos às 3 ou 4 da manhã para ensaiar, fazer o ensaio geral, gravar a apresentação, cumprimentar todo mundo… e pronto, o dia acabou. Passei a entender que aqueles três minutos no palco exigem um dia inteiro de preparação.
O Primeiro Palco e Emoções à Flor da Pele
Para alguns membros, o debut foi ainda mais significativo, já que passaram anos como trainees esperando por aquele momento.
Para quem treinou por tanto tempo, a primeira apresentação deve ter sido muito especial, certo?
Suga: Na verdade, fizemos um showcase no dia anterior ao primeiro programa de TV. As noonas da equipe que nos acompanharam desde os tempos de trainee começaram a chorar, e nós choramos junto com elas. Foi um momento muito emotivo. Mas, curiosamente, quando terminamos a primeira apresentação na TV, ninguém chorou. Acho que estávamos tão atordoados que nem tivemos tempo para isso.

Cadê o Nosso Jantar de Comemoração?
Comemorar uma conquista dessas com uma bela refeição seria o mínimo, certo? Mas… parece que a BigHit esqueceu desse detalhe!
Vocês fizeram algum jantar especial para celebrar o debut?
RM: Uns seis meses antes do debut, postamos uma música no nosso blog chamada “Um Trainee Comum no Natal”. Na letra, falamos sobre como sonhávamos com um jantar de comemoração. Mas mesmo depois do debut, a empresa fingiu que não ouviu nada. (risos) Nada mudou!
Jin: Estamos esperando essa refeição até hoje!
RM: Mas já decidimos que, se não rolar um jantar oficial, a gente faz o nosso próprio. O sonho é comer um monte de carne! Tipo, seis porções de carne por pessoa. Ou, se quisermos bife de primeira, simplesmente dizer “Traz um filé para cá” sem precisar pedir permissão.
Jin: E eu quero pedir refrigerante também! Mas estamos controlando a alimentação, então nem isso podemos tomar.
Suga: Acho que, quando conseguirmos o primeiro lugar em um programa musical, finalmente poderemos comer tudo o que quisermos.
Quando Algo Dá Errado no Palco…
Se tem uma coisa que o BTS sempre fez bem, desde o começo, é segurar a pose no palco – mas isso não significa que nunca cometeram erros! Na entrevista para a IZE, os meninos falaram sobre os pequenos imprevistos que já enfrentaram ao vivo.
Mesmo sendo rookies, vocês parecem não se abalar no palco. Já cometeram algum erro?
Jungkook: Recentemente, enquanto dançava em uma apresentação da Mnet, senti que meu boné estava soltando. No final, nem me importei mais com o penteado e simplesmente joguei o boné para longe.
Jimin: Mas ficou estiloso! Da próxima vez, acho que vou fingir que foi um erro e jogar o meu também. (risos)
Suga: A gente já treinou para lidar com esse tipo de situação. Se um boné voa, podemos chutá-lo ou jogá-lo de um jeito mais natural. Como estamos sempre nos monitorando e praticando, algumas pessoas até elogiaram nossa reação. Mas, claro, a empresa deu uma bronca enorme na gente depois. (risos)
O Processo de Criação de No More Dream
Além das performances intensas, o BTS também estava determinado a mostrar que sua música tinha uma identidade forte. Eles queriam que o primeiro álbum tivesse uma pegada autêntica de hip-hop, mesmo equilibrando isso com o conceito idol.
2 COOL 4 SKOOL é um single álbum, mas tem intro, skits e outros elementos bem característicos do hip-hop. Isso foi proposital?
RM: Sim! Tivemos que encontrar um equilíbrio entre ser um grupo idol e manter nossa essência hip-hop. Mas dentro do que era possível, queríamos incorporar o máximo possível dessa vibe. Foi por isso que até a vocal line participou do rap – queríamos deixar claro que viemos para fazer hip-hop.
O Desafio de Criar No More Dream
Agora, você já imaginou que a música que deu início a tudo para o BTS passou por quase 30 versões antes de ficar pronta? Pois é, o processo de criação não foi nada fácil!
Como No More Dream acabou sendo escolhida como a faixa-título?
Jimin: Eu sabia que os hyungs estavam trabalhando duro, mas não tinha ideia do quanto. Quando ouvi a música pronta pela primeira vez, só pensei: “Legal, gostei”. Gravei minha parte super empolgado, sem saber que eles tinham reescrito a letra mais de 20 vezes antes de chegar naquele resultado.
Suga: No começo, escrevemos uma versão totalmente diferente com o tema “respeitar gostos diferentes”. Mas quando mostramos para o PD Bang Si-hyuk, ele disse: “Essa letra não combina com vocês”. Então começamos do zero, várias vezes. O nome do arquivo da música foi de “Versão 1” até “Versão 29”! Eu e o RM ficamos no estúdio jogando e rasgando folhas de papel de tanto desespero. (risos)
RM: Quando recebemos o beat, eu pensei: “É isso! Vamos destruir tudo com essa música!”. Mas, na prática, foi um pesadelo. O conceito era complicado porque precisávamos contar nossa história, mostrar quem éramos e ainda provar nossas habilidades como rappers – e tudo isso em apenas oito versos! No final, criamos uma relação de amor e ódio com essa música.
E no fim das contas, No More Dream se tornou a primeira grande mensagem do BTS para o mundo: “Ei, qual é o seu sonho?”. Mal sabiam eles que, anos depois, inspirariam milhões de pessoas a encontrar essa resposta.

Contando Histórias Reais Através da Música
Desde o começo, o BTS sempre fez questão de que suas músicas falassem sobre a realidade dos jovens. Em 2 COOL 4 SKOOL, cada faixa refletia experiências e sentimentos com os quais sua geração poderia se identificar.
Ouvindo as faixas do álbum, dá para perceber que vocês realmente se esforçaram para trazer histórias da sua geração.
Suga: Sim! Tanto a title track quanto We Are Bulletproof Pt.2 surgiram de temas com os quais todos nós nos identificamos. A gente sabia que, para criar uma conexão real, precisava escrever sobre nossas próprias vivências.
RM: O nosso lema sempre foi representar os jovens e contar suas histórias de uma forma acessível. Por exemplo, temos uma música chamada “좋아요” (Like), que fala sobre o significado do botão “curtir” no Facebook e as emoções por trás disso. Como estamos sempre conectados nas redes sociais, queríamos abordar um tema que qualquer um da nossa idade poderia entender. A letra diz algo como: “Quem é esse cara que mal conheço e está curtindo todas as suas fotos?”. São sentimentos que todo mundo já teve em algum momento.
Como os Membros Contribuíam Para as Letras
Nem todos os membros escreviam diretamente as letras, mas cada um contribuía com suas próprias vivências para tornar as músicas mais autênticas.
E os membros que não escrevem as letras, como ajudavam no processo criativo?
Jimin: A gente compartilhava nossas experiências de forma simples. Por exemplo, eu falava sobre como muitos amigos da minha idade não tinham sonhos ou não faziam esforço para alcançar algo, apenas imaginavam um futuro distante sem agir no presente.
Suga: Como eu já tinha passado dos 20 anos, precisava lembrar como era a mentalidade dos adolescentes para escrever sobre isso. Então, muitas vezes, perguntava para o Jimin e o Jungkook sobre seus amigos e o que eles pensavam sobre o futuro. Às vezes, até durante as refeições, eu perguntava: “O que seus amigos querem ser quando crescer?”.
RM: Mesmo quando o tema era o mesmo, cada um tinha uma perspectiva diferente. Por isso, ouvíamos as experiências de todos para criar letras mais ricas e variadas. Sempre tentamos enxergar as coisas de vários ângulos.
O Primeiro Encontro do BTS: Memórias Engraçadas do Início
Antes de se tornarem uma família, os membros do BTS eram completos desconhecidos. Mas como foi o primeiro encontro entre eles? Bem… teve de tudo: recepções calorosas, momentos engraçados e até algumas expectativas que não foram bem como imaginavam.
Hoje vocês são um grupo super unido, mas como foi o primeiro encontro de vocês?
Jimin: Eu cheguei a Seul no final de maio do ano passado (2012), e o J-Hope foi me buscar no dormitório. Eu estava andando com minha mala, olhando tudo ao redor, meio perdido, quando de repente, um cara super simpático veio na minha direção e disse: “Você é… o Jimin?”. Foi assim que conheci o J-Hope.
J-Hope: Achei o Jimin muito fofo na época!
V: Eu tinha uma ideia completamente diferente de como os hyungs seriam! Achava que iam estar de boina, usando colares e ouvindo música enquanto trabalhavam no estúdio. Então, fui entrando no dormitório bem devagar, tentando não atrapalhar… Mas aí vi que todos estavam recém-acordados! (risos)
V: O J-Hope hyung estava com o cabelo todo bagunçado e disse “Oi, tudo bem?”, e o RM hyung estava usando uns óculos bem estranhos. Foi assim que os conheci!
A Vida em Grupo: Regras, Multas e Respeito
Morar junto já é um desafio para qualquer um, agora imagine sete jovens de personalidades e hábitos completamente diferentes dividindo o mesmo espaço! No começo, a convivência no dormitório do BTS exigiu algumas regras para manter tudo sob controle.
Viver juntos, com personalidades e histórias tão diferentes, deve ter sido complicado no início, certo?
Suga: No começo, a maior dificuldade era a limpeza e a organização. Todo mundo dividia um quarto, então esses detalhes eram bem sensíveis. Criamos uma regra: quem desobedecesse teria que pagar uma multa de 1.000 won. E, surpreendentemente, assim que começamos a cobrar a multa, ninguém mais quebrou as regras! Hoje em dia, cada um cuida do seu espaço sem causar incômodo aos outros. Ah, e temos uma regra fundamental: a cama de cada um é território sagrado! Ninguém invade a cama do outro.
Jin: Para falar a verdade, eu ainda tenho no meu celular a lista de quem deveria ter pago as multas. Três membros ainda me devem cerca de 18.000 won… Mas vou deixar para revelar os nomes numa próxima vez! (risos)
A Adaptação ao Hip-Hop
Nem todos os membros do BTS tinham familiaridade com o hip-hop antes do debut. Alguns precisaram se acostumar não só com o som, mas também com a atitude que esse gênero musical carrega.
Vocês precisaram de tempo para se ajustar ao estilo do grupo?
Jin: Eu sempre gostei de ouvir hip-hop, mas não entendia por que precisava agir de maneira “hip-hop” no dia a dia. Passei a vida toda ouvindo que precisava andar reto, mas de repente me diziam que andar de um jeito mais descolado era o ideal. (risos) No começo, achei estranho, mas com o tempo, fui pegando o jeito e comecei a achar legal.
V: O RM hyung sempre me recomendava músicas. Todo dia, antes de eu sair para a escola, ele fazia uma playlist para mim. No começo, eu só ouvia por curiosidade, mas acabei me apaixonando pelo gênero e passei mais de seis meses explorando músicas novas.
RM: Eu incentivava os meninos a experimentarem o rap. No estúdio, eu colocava um beat e dizia: “Pode ser só seu nome, mas tentem escrever algo que soe como rap.” Até no dormitório, eu sempre deixava hip-hop tocando de fundo. Isso ajudou bastante na hora de trabalharmos na title track, porque todos já estavam acostumados com o groove do gênero.
O Que o Hip-Hop Significa Para o BTS?
O BTS começou sua jornada no hip-hop, mas cada membro tem sua própria visão sobre o que esse gênero representa.
Hoje, como vocês definem o hip-hop?
Suga: Para mim, hip-hop é sobre sinceridade. Não se trata apenas de ostentar dinheiro e correntes de ouro, mas sim de falar com honestidade sobre o que pensamos e sentimos como geração. Além disso, o rap permite encaixar muito mais palavras em uma música, o que nos dá mais tempo para contar nossa história e tocar as pessoas.
J-Hope: Eu descobri o hip-hop através da dança. Sempre que ouvia esse tipo de música, sentia vontade de me mexer. Para mim, hip-hop é um gênero feito para ser sentido e aproveitado.
V: Em outros estilos, uma música normalmente conta a história de uma única pessoa. No hip-hop, várias vozes podem se expressar dentro da mesma faixa, trazendo diferentes perspectivas para uma única música.
Jimin: Eu ainda estou aprendendo sobre hip-hop e sua cultura, mas acho que o mais legal é que ele permite que você compartilhe sua história de um jeito autêntico. É aquele tipo de música que aumenta sua “barra de energia” quando você ouve! (risos)

A Dúvida Que Não Vai Embora: Idol ou Artista?
Desde o começo, o BTS sempre esteve em uma encruzilhada: eles eram um grupo de hip-hop ou idols? Como equilibrar esses dois mundos sem perder sua essência? Essa era uma questão que preocupava principalmente RM e Suga.
Sendo um grupo que faz hip-hop e, ao mesmo tempo, idols, vocês já sentiram confusão sobre sua identidade?
RM: Eu penso nisso dezenas de vezes por dia. Sou um idol ou um artista? Se sou os dois, o que isso significa? Como devo agir? Como as pessoas me enxergam? São dúvidas que me assustam, e acho que nunca vão desaparecer completamente. Mas percebi que, ao escolher seguir esse caminho duplo, nossa responsabilidade também é dobrada. Precisamos encontrar um equilíbrio entre as expectativas do público e o que realmente queremos fazer. Acredito que esse processo de busca e adaptação nos ajuda a crescer.
Suga: Eu também já refleti muito sobre isso, e encontrei minha resposta: se estamos confusos, então devemos transformar essa confusão em música. Se sentimos essa dualidade, por que não expressá-la nas nossas letras? No fim das contas, tudo se resume a sermos sinceros sobre o que sentimos. Isso pode trazer pressão, mas ao mesmo tempo, nos dá confiança.
O Tipo de Vida Que Querem Levar
Além da carreira, cada um dos membros também tem uma visão sobre o tipo de vida que deseja seguir. E, pelo jeito, o BTS sempre quis manter a autenticidade acima de tudo.
Como vocês querem viver suas vidas no futuro, como artistas e como pessoas?
J-Hope: Quero uma vida sem amarras. Um exemplo de alguém que admiro é o Beenzino sunbaenim. Ele vive do jeito que quer e faz a música que ama. Eu também quero ter essa liberdade, fazer o que gosto e aproveitar cada momento.
Jungkook: Meu desejo é viver de forma totalmente livre, fazendo a minha própria música.
Jin: Para mim, tudo precisa ser equilibrado. Não gosto de exageros, então prefiro viver de um jeito mais natural, sem precisar me destacar demais ou brilhar sozinho.
Suga: Acho que todos nós concordamos em algo: queremos ser pessoas que parecem incríveis, não pelo que vestem ou ostentam, mas por quem são. Queremos ser aqueles que, mesmo vestindo uma camiseta simples, ainda transmitem algo especial.
RM: Resumindo, não queremos parecer estilosos. Queremos ser estilosos naturalmente.
E foi com essa mentalidade que o BTS seguiu em frente, sempre se desafiando a encontrar um meio-termo entre a autenticidade e as expectativas do mundo do K-pop. No fim, eles não precisaram escolher entre ser idols ou artistas – simplesmente se tornaram ambos, e do jeito mais autêntico possível.












Conclusão
Reler essa entrevista de 2013 é como voltar no tempo e enxergar o BTS antes de se tornar o fenômeno global que conhecemos hoje. Desde o início, eles já demonstravam um senso de identidade forte, mesmo em meio a dúvidas e desafios.
A luta entre ser idols e artistas, a adaptação ao hip-hop, a convivência no dormitório e o desejo de contar histórias reais – tudo isso moldou o grupo que, anos depois, conquistaria o mundo.
O mais incrível é ver como os valores que eles tinham naquela época continuam os mesmos. O BTS sempre quis fazer música sincera, impactar sua geração e viver de forma autêntica.
Eles nunca tentaram apenas parecer algo – eles são algo. E foi justamente essa transparência e paixão que os tornaram tão especiais para o ARMY.
Se naquela época eles sonhavam em comer um bom jantar após o debut, hoje celebram vitórias que vão muito além disso. E a melhor parte?
Eles ainda são aqueles sete jovens que queriam contar suas histórias através da música – só que, agora, para milhões de pessoas ao redor do mundo. 💜
E você, ARMY, já conhecia essa entrevista? O que mais te surpreendeu? Conta pra mim nos comentários!
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Eu já conhecia a história dos meninos, mas essas entrevistas ainda não, não desta forma tão detalhada!!A cada dia que passa a cada mensagem deixada a cada letra de música a cada melodia a cada forma de ver e vivência dos meninos sei que fiz a escolha certa!!! Sou ARMY e com muito orgulho!!! OT7 BTS FOR EVER 💜💜💜💜💜💜💜🫶
Eles são incríveis e só confirmamos isso cada vez mais , né Ana?
OT7 Forever!
Borahae! 💜