Em uma entrevista do BTS para TenAsia 2013, o grupo novato já demonstrava a mentalidade que os guiaria ao longo dos anos. Em 2013, o BTS ainda estava conquistando seu espaço no cenário do K-pop, mas seu rápido crescimento e sua abordagem autêntica chamavam atenção.
Com uma proposta diferente, apostando no hip-hop e em letras sinceras, os sete membros estavam começando a mostrar ao mundo quem realmente eram.
Mas como eles enxergavam essa fase inicial? O que pensavam sobre sua ascensão, seu processo criativo e o futuro?
Nesta entrevista para a TenAsia, o grupo revelou detalhes sobre sua jornada, sua relação com Bang Si-hyuk (Bang PD) e até como se imaginavam anos depois.
Se você quer entender o BTS desde o começo, essa entrevista é um verdadeiro achado!
A Popularidade Crescente do BTS
Logo após a estreia com No More Dream, o BTS começou a ganhar destaque. Mas será que os membros conseguiam sentir essa popularidade?
“Em 2013, o BTS foi o grupo idol novato que teve o crescimento mais rápido em popularidade. Vocês sentem essa popularidade?“
JIN: Eu não posso sair para ver, então não consigo sentir isso.
RAP MONSTER: Trabalhamos no nosso próximo álbum assim que terminamos a promoção de No More Dream, então foi rápido demais para sentir qualquer coisa.
A rotina intensa impedia os membros de realmente perceberem o impacto que estavam causando. Mal terminavam uma etapa e já estavam imersos em novas produções.
Leia também a entrevista do BTS para EZKorea Magazine 2013.
O Processo Criativo do BTS
Mesmo com a agenda lotada, o BTS já era muito envolvido na criação de suas músicas. Eles aproveitavam qualquer momento livre para compor e gravar suas ideias.
“Quanto vocês compuseram para este mini-álbum? As músicas estão ótimas, mesmo com o pouco tempo que tiveram para compor após a promoção do single de estreia.“
RAP MONSTER: Incluímos músicas que já havíamos composto no passado. Também há faixas que criamos durante as promoções. Escrevíamos as letras enquanto estávamos no carro, a caminho dos eventos de autógrafos em outras regiões. Também escrevíamos no dormitório e compúnhamos no nosso tempo livre.
Hoje em dia, a tecnologia está avançada, então podemos gravar ou fazer anotações no celular e enviar nosso trabalho por e-mail. Antigamente, eu não conseguia fazer várias tarefas ao mesmo tempo, mas agora estou melhorando gradualmente. Continuaremos escrevendo músicas enquanto promovemos, e acho que, se vamos compor, precisamos ser capazes de realizar várias tarefas ao mesmo tempo.
O compromisso do BTS com sua música já era evidente desde o início. Mesmo com a pressão de um debut recente, eles não queriam depender apenas de produtores externos — queriam contar suas próprias histórias.
O Papel de Bang PD na Produção Musical
Bang Si-hyuk, o fundador da Big Hit Entertainment, teve um papel crucial na trajetória do BTS. Mas até que ponto ele se envolvia no processo criativo do grupo?
“O Bang PD ajuda muito na produção do álbum?“
RAP MONSTER: O Bang PD tem o papel de diretor-geral. Somos nós que realmente compomos e trabalhamos nas faixas. O Pdogg hyung faz as bases das músicas e discutimos juntos. Escrevemos as letras e depois encontramos a voz que combina com a melodia. Então, acabamos incomodando o Bang PD. Sou ambicioso, então digo o que quero fazer e dou minha opinião.
SUGA: O Bang PD só participa das músicas-título. Às vezes, escrevemos as músicas sozinhos, criamos as letras e acabamos pendendo para um único estilo. Mas, no caso das músicas-título, elas precisam ser mais acessíveis ao público em geral. Por isso, o Bang PD, que é um compositor de música popular, faz ajustes.
RAP MONSTER: Ele disse: “Sou a Linha Maginot do público.” Como ouvimos muito hip-hop hardcore, o que soa bem para nós pode ser diferente do que soa bem para o público em geral.
SUGA: Ele acha que devemos manter nossa própria identidade musical, então nos incentiva a fazer isso. Ele nos disse para tentarmos o que queremos, independentemente da recepção do público, então não nos impôs restrições.
Mesmo tendo uma direção geral, Bang PD sempre incentivou a autenticidade do BTS, permitindo que eles se expressassem e explorassem suas identidades musicais.

O Processo Criativo do BTS
Desde o início, o BTS fez questão de contar suas próprias histórias através da música. Com um curto espaço de tempo entre as promoções e a produção do mini-álbum, a criatividade precisava fluir sem pausas.
“A maioria das músicas do mini-álbum foi composta por Rap Monster, Suga e J-Hope. Como vocês compõem?“
RAP MONSTER: Quando o produtor Pdogg hyung cria uma base musical, pensamos em como podemos contar nossa história através dela e como podemos preenchê-la com nossas experiências, sem torná-la monótona. Não fazemos mudanças modais complexas, mas cada um escreve uma parte do hook e depois discutimos juntos. Assim é o nosso processo de composição.
SUGA: Também conversamos sobre o tema e depois sobre os versos. Para ser honesto, falamos sem parar.
RAP MONSTER: O Jungkookie também tem nos ajudado ultimamente. Ele quer se tornar um cantor e compositor. Ele pede ajuda e dá muitas opiniões durante as discussões, o que é admirável.
Mesmo sendo o mais novo, Jungkook já demonstrava interesse em compor, mostrando um lado criativo que se desenvolveria ainda mais nos anos seguintes.
O Primeiro Encontro de Rap Monster com Bang PD
Bang Si-hyuk (Bang PD), o fundador da Big Hit Entertainment, foi uma peça-chave na formação do BTS. Ele viu potencial no grupo, mas isso não significava que suas primeiras interações com os membros foram tranquilas.
“Ouvimos que o Rap Monster foi elogiado como um gênio pelo Bang PD. Como foi seu primeiro encontro com ele?“
RAP MONSTER: Quando nos encontramos pela primeira vez, ele teve uma impressão desfavorável de mim. O Pdogg hyung me conhecia antes e me apresentou ao Bang PD. A primeira impressão não foi das melhores, mas ele pareceu gostar do meu trabalho quando o ouviu. Mas ainda sinto medo dele. Afinal, ele é o chefe, e parece que tem uma aura própria (risos).
Mesmo sendo reconhecido como um rapper talentoso, Rap Monster ainda sentia um certo receio de Bang PD, que era conhecido por seu olhar crítico e exigente.
A Relação do BTS com o Hip-Hop
O BTS debutou com uma forte identidade hip-hop, mas nem todos os membros tinham um histórico nesse gênero antes de entrar no grupo. Como foi para eles se adaptarem a esse estilo musical?
“Antes da estreia, Rap Monster e Suga eram ativos na cena do rap underground, mas os outros membros mergulharam no hip-hop através do BTS. Vocês ficaram surpresos ao descobrir que debutariam como um grupo idol de hip-hop?“
J-HOPE: Eu sempre gostei de ouvir hip-hop. No passado, eu dançava e já tinha contato com a dança do hip-hop mainstream, então estou familiarizado com o estilo.
JIN: Eu estava me preparando para ser ator quando entrei na Big Hit Entertainment. A empresa tem equipes de hip-hop e achei que seria ótimo se eu pudesse fazer parte de uma delas. Então, fiquei muito feliz quando entrei para o BTS.
A Influência do Hip-Hop no BTS
Desde o começo, o BTS teve uma forte ligação com o hip-hop, tanto na sonoridade quanto na identidade do grupo. Mas o que exatamente os atraiu para esse gênero? E como cada um dos membros desenvolveu essa relação com o hip-hop ao longo do tempo?
“Enquanto fazem parte do BTS, o que vocês acham que é o charme do hip-hop?“
V: É algo estiloso. Quando você escuta, se sente mais animado e faz as pessoas ficarem empolgadas.
J-HOPE: O hip-hop é um gênero que as pessoas podem aproveitar, e nele posso contar minha própria história. Consigo escrever muitas das minhas experiências, o que torna mais fácil transmitir minhas mensagens. A música se torna mais envolvente quando gravo com minhas próprias letras e escuto depois. Quero escrever mais letras e gravar mais para melhorar.
JIMIN: O hip-hop é um gênero que eu sempre gostei de ouvir e dançar desde pequeno. Quando entrei na empresa, achei que precisava estudá-lo, então foi difícil no começo. Mas percebi que o hip-hop não é algo para ser estudado, e sim aproveitado.
JIN: Antes da estreia, o Rap Monster e o Pdogg hyung disseram que nos ensinariam sobre hip-hop, então Jungkook, Jimin, V e eu nos reunimos. Eles nos mostraram tanto músicas antigas quanto contemporâneas e explicaram tudo para nós. Entre essas músicas, ganhei muita inspiração ouvindo as faixas do Dr. Dre.
JIMIN: Foi muito divertido. Ouvimos músicas famosas, aprendemos sobre a história do hip-hop e até assistimos a vídeos de shows. Aprendemos muitas curiosidades interessantes.
JIN: Depois disso, conversamos entre nós, assistimos a filmes sobre hip-hop e acabamos ficando viciados no estilo.
V: Antes de eu me viciar no hip-hop, eu só conhecia Epik High e Dynamic Duo. Depois que entrei na empresa, o Rap Monster hyung me apresentou muitas músicas boas, e isso abriu um ‘novo mundo’ para mim.
JUNGKOOK: Os hyungs me ensinaram sobre hip-hop e me mostraram algumas músicas recomendadas. Quando ouvi pela primeira vez, pensei: “Essa música é muito boa”. Depois, descobri quem era o artista e fiquei ainda mais fascinado. Eu realmente amo as músicas do Zion.T!
O hip-hop era muito mais do que um gênero musical para o BTS — era uma forma de expressão. Mesmo aqueles que não estavam familiarizados com o estilo antes de entrar no grupo se aprofundaram e encontraram uma conexão pessoal com ele.
As Primeiras Influências de RM e Suga no Hip-Hop
Antes de debutar como idols, RM e Suga já estavam imersos no hip-hop. Mas o que os levou a se apaixonar pelo gênero?
“Quando o Rap Monster e o Suga começaram a se interessar por hip-hop?“
RAP MONSTER: Me apaixonei pelo hip-hop quando vi os sunbaenims do Epik High se apresentando. Eu estava na 5ª série quando eles lançaram Fly, mas não me interessei na época. Na 6ª série, ouvi a música por acaso e ela teve um grande impacto em mim. Percebi que era possível contar histórias através do rap dessa forma. Desde então, eu deixava a música tocando até no banho, imprimia as letras, decorava e depois ajustava. Acho que já ouvi essa música entre 3.000 e 4.000 vezes.
SUGA: Você conhece Stony Skunk? Era um duo de reggae hip-hop, formado por S-Kush e Skul1, que hoje em dia são bem conhecidos. Eu ouvi Ragga Muffin do Stony Skunk e vi uma apresentação deles. Era algo diferente. Na época, o SG Wannabe era muito popular, mas essa música era completamente distinta do que estava em alta, e isso me viciou. Então, comecei a ouvir o primeiro álbum do Stony Skunk e passei a gostar do reggae hip-hop. Foi mais ou menos nessa época que também conheci Epik High e fiquei completamente envolvido com o hip-hop.
Desde cedo, os dois já estavam absorvendo referências e aprimorando suas habilidades musicais, o que se refletiria mais tarde nas composições do BTS.
O Uso de Palavrões no Hip-Hop
O hip-hop muitas vezes usa uma linguagem mais crua para expressar emoções e realidades sociais. Mas como o BTS lidava com isso?
“O hip-hop underground e o hip-hop internacional costumam ter muitas palavras de baixo calão. Isso causa certa repulsa?“
SUGA: Eu também não gosto muito de letras que contêm muitos palavrões. Acho que consigo me expressar bem sem precisar usá-los. Já o Rap Monster… Se você comparar sua mixtape com as letras oficiais, verá que muitas partes foram ajustadas (risos).
RAP MONSTER: Acho que há certas emoções que só podem ser expressas através de palavrões. Não faço músicas assim de propósito, mas, às vezes, se eu não usar certas palavras, não consigo expressar bem o sentimento. No nosso single de estreia, escrevi alguns palavrões em I Like It, mas eles foram censurados. Os hyungs da equipe de gerenciamento tiveram um grande trabalho revisando isso (risos).
Mesmo tendo influências do hip-hop underground, o BTS sempre encontrou maneiras de transmitir suas mensagens de forma autêntica, sem depender de palavras fortes.

A Ponte Entre Idols e o Hip-Hop
Desde o debut, o BTS tinha um objetivo ambicioso: unir o mundo dos idols ao hip-hop, algo que, na época, ainda era visto com certo preconceito por muitos fãs do gênero. Mas, com apenas seis meses de estreia, será que eles estavam conseguindo cumprir essa missão?
“Ouvimos que vocês querem ser uma ponte entre os idols e os músicos de hip-hop. Com seis meses de estreia, vocês acham que estão conseguindo cumprir esse objetivo?“
RAP MONSTER: Eu sempre monitoro isso com atenção. Leio as opiniões dos fãs de idols e também dos fãs que gostam tanto de idols quanto de hip-hop. Acompanho fóruns de hip-hop hardcore e leio as opiniões dos ouvintes. Percebo que é muito difícil encontrar um equilíbrio entre os dois mundos. Se fizermos algo errado, pode acabar não sendo nem uma coisa nem outra. Ainda estou no processo de aprender sobre ambos.
SUGA: Há uma diferença entre idols que sabem fazer rap e artistas que são rappers de verdade. Tenho pensado muito sobre isso ultimamente. Depois do lançamento do nosso segundo álbum, estou refletindo sobre o que eu sentia ao cantar cada música. Claro, estou fazendo isso com um propósito.
O desafio era grande. Por um lado, eles queriam manter a autenticidade do hip-hop em suas músicas. Por outro, precisavam se conectar com um público mais amplo, que muitas vezes via idols rappers com certo ceticismo. RM e Suga estavam atentos a essa dualidade, buscando sempre crescer e aperfeiçoar seu estilo.
As Músicas Favoritas do BTS no Álbum
Cada integrante tem sua própria conexão com as músicas que gravaram, e algumas faixas acabam se destacando para eles de maneiras especiais.
“Há alguma música deste álbum que vocês recomendam?“
RAP MONSTER: Tenho escutado muito Outro. Fiquei chocado quando ouvi pela primeira vez. Pensei: “Dá para fazer esse tipo de música só com vocais?” e então analisei novamente. Para ser sincero, como eu não participei da produção dessa música, no início nem quis ouvir, mas depois percebi que era uma ótima faixa (risos).
JIN: Eu gosto de Coffee. Se você ouvi-la em diferentes momentos, a sensação muda. Experimente escutá-la quando estiver relaxado ou quando quiser meditar, e ela vai passar emoções diferentes.
JIMIN: Eu gosto muito de We On e Outro.
SUGA: Eu recomendaria Attack on BTS. Desde a narração até o final, é a música mais divertida do álbum. Além disso, essa foi a música que escrevi mais rápido. Assim que entrei no fluxo criativo, as palavras simplesmente saíram. Também escrevi I Like It bem rápido.
J-HOPE: Eu recomendaria Cypher PT.1.
V: Eu gosto de músicas para festas, aquelas que todo mundo pode curtir junto, então recomendo Attack on BTS!
JUNGKOOK: Eu gosto de We On. As partes de rap e de vocais contêm coisas que eu queria expressar, então eu gosto muito dessa música.
Veja também a Entrevista do BTS para Revista IZE 2013.
Satoori Rap e a Influência dos Sotaques no BTS
Uma das faixas mais marcantes do começo da carreira do BTS foi Satoori Rap, que destacava os diferentes sotaques regionais da Coreia do Sul. Como Suga e V são de Daegu, essa música tinha um significado especial para eles. Mas será que ainda era uma novidade para o grupo?
“Ah, ninguém mencionou o Satoori Rap!“
SUGA: Na verdade, Satoori Rap foi composta em 2011, então já não tem uma novidade para nós (risos).
Mesmo que a música tenha sido lançada oficialmente no segundo mini-álbum do BTS, para os membros, ela já fazia parte do repertório há algum tempo.
“O Satoori Rap foi impressionante. Suga, você nasceu em Daegu, ouvimos que o Bang PD te deu um treinamento intenso para corrigir seu sotaque.“
SUGA: (risos) Eu tinha que ler relatórios de notícias o tempo todo. E acabou se corrigindo naturalmente. Antes disso, passei dois anos sem conseguir ajustar meu sotaque.
Como rapper, Suga precisava adaptar sua dicção para que sua pronúncia fosse mais neutra, facilitando a compreensão do público. Mas, como todo bom daeguense, o sotaque nunca desaparece completamente.
“Quando vocês apresentam Satoori Rap, seu sotaque não soa tão forte como antes.“
SUGA: Agora… (risos) Assim que eu voltar para Daegu, ele volta automaticamente.
O sotaque pode até ter sido ajustado para a carreira de idol, mas basta um tempo em casa para que ele volte com tudo!
“Mas parece que o V ainda mantém um pouco do satoori, já que também nasceu em Daegu?“
V: Ah!! (todos riem)
Pelo jeito, V não conseguiu esconder seu sotaque tão bem quanto Suga. Mas, convenhamos, isso só adiciona ainda mais charme à sua personalidade única!
BTS Elogiando Uns aos Outros
A química do BTS sempre foi um dos pontos mais especiais do grupo. Mesmo nos primeiros anos, já dava para ver o quanto eles se apoiavam e se provocavam ao mesmo tempo.
“Como está o trabalho em equipe do BTS? Vamos elogiar o membro ao lado! (todos riem)”
V: O J-Hope hyung é sempre positivo e cuida da organização no dormitório. Ele toma conta dos dongsaengs (membros mais novos) e, quando está entediado, come todos os lanches. Quando se trata de comida, se você disser “isso parece delicioso”, ele não vai te dar e sai correndo com a comida. E ele não gosta que suas coisas fiquem espalhadas…
J-HOPE: Isso já está sendo difícil de lidar.
V: Ontem, eu estava indo dormir às 4h da manhã, mas o J-Hope hyung estava dobrando as roupas sozinho.
(P: Você ainda está elogiando ele, certo…? (todos riem))
Mesmo quando tentavam elogiar uns aos outros, o BTS sempre acabava trazendo histórias engraçadas do dia a dia no dormitório.
J-HOPE: O nosso Jungkookie é fofo e é multi-talentoso. O golden maknae. Ele canta bem, dança bem… (brincando) Seria bom se ele não fosse tão atrevido com os hyungs… (risos). Mas ele realmente se comporta bem com os hyungs. Ele parece ser determinado, mas no fundo ainda é como um bebê. Ele tem 17 anos. Ele é muito carismático.
JUNGKOOK: O Rap Monster hyung não é chamado de líder à toa. Ele sempre cuida de nós e nos guia. E ele é bonito. (todos riem)
Jungkook, mesmo tímido, não perdeu a chance de elogiar RM e arrancar risadas do grupo.
RAP MONSTER: O Jin hyung é o típico universitário bonito e romântico que as alunas gostam. Ele é gentil e ligado à família. Pelo visto, ele quer se casar. Ele é organizado, tem uma personalidade agradável e um bom senso de virtude.
JIN: Quando estamos descansando no camarim antes de subir ao palco, o Jimin está sempre praticando. Ele treina até quando estamos comendo. Ele se exercita à noite e gerencia seu corpo regularmente. Mas, ultimamente, ele acha que eu sou um bobo e fica batendo no meu bumbum! (risos)
Nada como uma brincadeira entre os membros para deixar o ambiente mais leve, não é?
JIMIN: O Suga hyung brinca muito. Ele sempre zoa os membros. Mas ele realmente cuida de todos. Se alguém fica doente, ele é o primeiro a notar. Ele é tipo um pai. Ele calcula e guarda os recibos das compras (risos).
Suga pode até ter uma imagem de durão, mas desde o começo já demonstrava o quanto cuidava dos membros de um jeito silencioso.
SUGA: O V realmente sabe aproveitar a vida. (todos riem) Ele tem muitas qualidades positivas. Muitas pessoas pensariam “isso não vai dar certo”, mas o V não é assim.
No final, a troca de elogios e brincadeiras só mostrou como o BTS sempre foi mais do que um grupo — eles eram (e continuam sendo) uma verdadeira família.
BTS no Dormitório: Quem é o Mais Organizado?
Se tem algo que todo grupo de idols precisa enfrentar no começo da carreira é a vida em um dormitório compartilhado. Com sete membros convivendo no mesmo espaço, a organização se torna um fator essencial. Mas quem será que levava mais a sério essa tarefa?
“J-Hope e Jin são ambos organizados e limpos. Quem é mais organizado?“
J-HOPE: Somos diferentes. Eu sou responsável pela limpeza e o Jin cuida da cozinha. Ele é como uma avó…? (risos)
Enquanto J-Hope mantinha tudo limpo, Jin assumia o papel de “chefe de cozinha” do dormitório. Parece que, desde o início, os dois já tinham suas funções bem definidas no dia a dia do grupo.
Leia também a Entrevista Completa do BTS na CECI Magazine 2013.
Bulletproof Old Scouts: O Futuro do BTS
Mesmo no início da carreira, os membros já imaginavam como seria o futuro. Será que eles ainda estariam no palco? Ou cada um seguiria um caminho diferente? As respostas mostram um pouco da personalidade e dos sonhos de cada um.
“Quando Bulletproof Boy Scouts se tornarem Bulletproof Old Scouts, como vocês se imaginam?“
SUGA: Mesmo quando estivermos com 50 anos, nunca ficaremos para trás. Quero continuar fazendo música e rimando.
JIMIN: Quanto a mim, quero me tornar um cantor incrível que será lembrado e que poderá emocionar o público!
Suga e Jimin já demonstravam sua paixão pela música e o desejo de permanecer na indústria, independentemente da idade.
JIN: Quando eu envelhecer, quero me mudar para o interior, construir uma casa e viver lá. Cada idade traz seus próprios desafios. Se houver algo que eu possa enfrentar, quero me desafiar.
Jin, por outro lado, sonhava com uma vida tranquila no interior, longe da correria da indústria musical.
RAP MONSTER: Quero ser obcecado por outra coisa que também me faça crescer financeiramente, assim como sou obcecado por música agora.
(Todos: “Você está sendo muito realista!”)
RAP MONSTER: Quero ficar rico para poder viver apaixonado por algo. Pode ser agricultura ou até cuidar de animais de estimação. Quero viver com a paixão dos meus 20 anos.
Sempre prático, RM queria garantir estabilidade financeira, mas sem perder a paixão por algo que o motivasse.
JUNGKOOK: Quero compor. Seria ótimo se os artistas que gosto ou os que forem populares na época participassem do meu álbum.
Jungkook, desde cedo, já sonhava com um futuro como produtor musical, colaborando com outros artistas.
J-HOPE: Nessa época… eu já teria filhos, né?
(SUGA: “Há uma chance de que você não tenha.” (todos riem))
J-HOPE: Quero pegar todos os álbuns que lançamos e tocar para meus filhos, ouvindo atentamente desde o primeiro.
J-Hope imaginava um futuro mais familiar, compartilhando a história do BTS com seus filhos.
V: Quando eu tiver 40 anos, quero ser um grande cantor e ator. Quero dedicar minha vida à minha esposa e construir uma família. No outono, quero usar um beret marrom e um casaco marrom, ir ao parque e jogar Saewookkang (um salgadinho de camarão) para os pombos. Quero passar a velhice de um jeito estiloso.
V, sempre romântico e artístico, sonhava com uma vida equilibrada entre carreira e família, sem perder o estilo e a diversão.
Essa conversa mostra que, mesmo com personalidades e sonhos tão diferentes, todos compartilhavam o desejo de continuar deixando sua marca no mundo – seja na música, na arte ou em suas próprias famílias.

Conclusão
Essa entrevista de 2013 mostra o BTS ainda no começo, mas já cheio de personalidade, ambição e paixão pela música. Desde o desejo de unir o hip-hop ao mundo idol até as brincadeiras sobre a organização no dormitório, fica claro como o grupo sempre teve uma dinâmica única e autêntica.
Também é emocionante ver como cada um imaginava o futuro – alguns sonhando com a música para sempre, outros pensando em família e até em uma vida tranquila no interior. Olhando para onde estão hoje, dá para ver que, mesmo depois de tantos anos, a essência do BTS continua a mesma.
E você, ARMY, já conhecia essa entrevista? Conta pra mim nos comentários!
Ah, e não esqueça de conferir o nosso Canal no Telegram para ficar por dentro de tudo sobre o BTS e se conectar ainda mais com o fandom!